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21 de junho de 2009

Qual a atitude dos líderes da Igreja com relação ao racismo e a escravidão desde o seu início?

Joseph Smith:
Quanto à posição de Joseph Smith em relação aos negros, os antimórmons nunca se referem às declarações e atitudes de Joseph sobre o assunto, principalmente numa época pró-escravocrata, Joseph irritava seus inimigos por atitudes abolicionistas e pró-negros.


Uma Sra.Mary Frost Adams relata o seguinte incidente quando Joseph era prefeito de Nauvoo no estado de Illinois.
"Enquanto ele estava exercendo a prefeitura da cidade, um homem Negro chamado Anthony foi preso por vender licor no Domingo, o que era contrário à lei. Ele alegou que a razão de ter feito aquilo era de que ele precisava levantar dinheiro necessário para comprar a liberdade de seu querido filho que era detido como escravo em um Estado do Sul. Ele havia sido capaz de comprar a sua própria liberdade e a da sua esposa e agora desejava trazer seu pequeno filho para junto de seu lar. Joseph disse, ‘Desculpe-me, Anthony, mas a lei precisa ser observada e nós teremos que lhe imputar uma multa’".
No outro dia Irmão Joseph presenteou Anthony com um belo cavalo, orientado-o para que o vendesse e usasse o dinheiro obtido da transação para comprar a liberdade da criança.
O cavalo foi vendido por US$ 500, que era uma soma considerável para aquela época, seria o equivalente a alguém vender o seu carro esportivo hoje e doar o dinheiro para poder comprar a liberdade de um filho escravo...
Em outra ocasião, irritou os magistrados do Illinois e do Missouri por punir um homem que chicoteou o seu escravo o qual havia lhe roubado alguns víveres...
O profeta Joseph Smith incansavelmente advogava os direitos do povo Negro; em uma época onde não era popular agir desta forma, nem mesmo nos estados do Norte dos E.U.A. onde escravidão já era ilegal. Como Prefeito de Nauvoo, Illinois, um homem branco (um não Mórmon) havia chicoteado terrivelmente um negro por roubar-lhe alguns de seus víveres. O nome do homem negro era Chism. Joseph perguntou a Chism se ele havia roubado os víveres, e Chism replicou que sim. Ele cobrou de Chism uma pequena multa e mandou prender o homem branco por ter chicoteado Chism!
Isto foi um ULTRAJE para homens brancos em todo Illinois e no estado vizinho do Missouri, que era pró-escravocrata. Não muito tempo após isso, Joseph Smith foi novamente levado à prisão sob acusações genéricas alardeadas por todo o estado e logo assassinado junto com seu irmão Hyrum na cadeia de Carthage, Illinois.
Como podem ver, atitudes como essas só insuflaram o antagonismo dos líderes locais que acabaram culminando no seu (e de seu irmão) futuro martírio em 1844.

Declarações como direitos iguais e livre educação para os negros:
Joseph Smith (1º Presidente da igreja) disse em 1842.

"...Eu aconselhei (os donos de escravos) para trazerem seus escravos a uma nação livre e libertá-los, educá-los e dar-lhes direitos iguais".
(Compilation on the Negro in Mormonism, p.40)

Ele disse em 1844:
"Eles (Os negros) vieram ao mundo escravos, mental e fisicamente. Mudem suas situações com os brancos, e eles serão como eles. Eles têm almas e são sujeitos à salvação. Vá para Cincinnati ou qualquer cidade, encontre um Negro educado, que dirige em sua carruagem, e vocês verão um homem que se elevou através de sua própria mente ao seu exaltado estado de respeitabilidade".

Ele também disse:
"A Declaração de Independência 'sustenta serem estas verdades auto-evidentes: que todos os homens são criados iguais; que são investidos pelo seu criador com certos direitos inalienáveis, que entre esses estão a vida, liberdade e busca de felicidade.' Mas, ao mesmo tempo, alguns dois ou três milhões de pessoas são detidas como escravas nesta vida porque os seus espíritos são revestidos por uma pele mais escura que a nossa...A Constituição dos Estados Unidos da América quer dizer exatamente o que diz sem referência à cor ou condição, ad infinitum!"
(Messages of The First Presidency 1:191-2)

Ele disse em 1844:
"Quebrai as correntes do pobre homem Negro e empregai-o no trabalho como qualquer outro ser humano."
(History of the Church 5:209)

Onze anos antes do filósofo Ralph Emerson fizesse sua petição contra a escravatura (1855), Joseph o antecedeu e pediu a abolição em todo o USA, requerendo até mesmo os fundos do Estado para que isso fosse realizável:
Joseph Smith 1844 (alguns meses antes de ser assassinado):
"Petição também a vós, bons habitantes dos estados escravocratas e a vossos legisladores a fim de abolir a escravidão até o ano de 1850, ou até mesmo já, e salvai o abolicionismo da reprimenda e da ruína. Roguem ao Congresso para pagar a cada homem um preço razoável pelos seus escravos a partir do lucro da receita obtida através da venda de terras públicas ou então dêem uma redução de impostos em troca da libertação de seus escravos. Quebrai as correntes do pobre homem negro, empregai-os no trabalho como qualquer outro ser humano; pois uma hora de virtuosa liberdade vale mais do toda uma eternidade de cativeiro.” ·

Josias Quincy, futuro prefeito de Boston (havia conhecido Joseph Smith pessoalmente em Nauvoo), lamentando a terrível destruição que causada pela guerra de secessão americana, lembrou os ensinamentos de Joseph Smith a respeito da liberdade dos escravos e do filósofo Ralph Emerson sobre suas defesas dos negros e da abolição:
"Nós podemos olhar para trás e ver o terrível custo desta guerra fratricida que pôs um fim à escravidão, agora dizemos que uma solução para tal dificuldade teria valido à pena para um estadista Cristão. Mas se o aposentado filósofo [referindo-se a Émerson] esteve adiante de seu tempo quando advogou a disposição de propriedade pública em 1855, o que deveríamos dizer do líder político e religioso [referindo-se a Joseph Smith] que havia se comprometido em publicações impressas, assim como em conversação, a mesma causa em 1844? Se a atmosfera da opinião pública fosse instigada por tal proposição quando as nuvens de guerra estivessem discerníveis no céu, não foram tais palavras como a de uma grande estadista onze anos antes quando os céus pareciam tranqüilos e beneficentes?". (Josiah Quincy, Figures of the Past, "Joseph Smith at Nauvoo," p. 398, as cited by B. H. Roberts, Comprehensive History of the Church, Vol. 2, Ch. 51, p.192):

Brigham Young em 1863:
“Negros devem ser tratados como seres humanos e não como animais brutos e irracionais. Pelo seu abuso desta raça, os brancos serão amaldiçoados, a menos que se arrependam.” (Journal of Discourses 10:111)

John A. Widstoe (Apóstolo) em 1946:
“As alegações de “raça superior” são puramente cacarejos de galo, usadas por homens sem caráter em benefícios de seus próprios interesses. Nunca houve um monopólio da superioridade das realizações humanas por qualquer nação. Declarar isso é simplesmente permitir que o nacionalismo sem lei corra solto e selvagem (em relação a ideologia nazista). A doutrina da “raça superior”da última guerra foi uma horrível enganação, concebida pelos poderes do mal, cujo príncipe é Satã, o demônio.” (Evidences and Reconciliations, pp. 3-4)

Presidente McKay em 1951:
“George Washington Carver [famoso cientista afro-americano] foi uma das mais nobres almas que já veio a esta terra. Ele se manteve em próxima intimidade com o seu Pai Celestial e proporcionou um serviço tão excelente aos seus concidadãos que poucos o igualariam. A cada projeto religioso, a cada impulso nobre e a cada boa obra realizada em sua vida altruística, George Washington Carver será recompensado, e da mesma forma será qualquer outro homem, seja ele vermelho, branco, negro ou amarelo, pois Deus não faz acepção de pessoas.”(Home Memories of David O. Mckay, p.231)

Joseph Fielding Smith (10º Presidente da Igreja) disse em 1962:
"Os Santos dos Últimos Dias, comumente chamados 'Mórmons', não têm animosidade alguma em relação ao Negro. Nem também o descrevem como pertencente a uma alguma raça 'INFERIOR'.
(Deseret News June 14, 1962, p.3)”

Ele disse em 1963:
“A Igreja Mórmon não acredita, nem ensina, que o Negro seja um ser inferior. Física e mentalmente o Negro é capaz de grandes realizações, tão grandes e até superiores do que as potencialidades da raça branca.”
(LOOK magazine, Oct. 22, 1963, p.79)

Bruce R. McConkie (Apóstolo) escreveu em 1966:
“Certamente os Negros são filhos de Deus e designados à igualdade diante da lei e a serem tratados com toda a dignidade e respeito como qualquer membro da raça humana. Muitos deles certamente vivem de acordo com os mais altos padrões de decência e justiça nesta vida do que alguns de seus outros irmãos de outras raças; uma situação que irá proporcionar ‘um juízo à regra e justiça ao prumo’ (Isa. 28:17) no dia do julgamento”.
(Mormon Doctrine, 1966 edition, p.528)

President Spencer W. Kimball (12º Presidente da Igreja) disse em 1972:
“Preconceito Racial é do demônio. Preconceito Racial vem da ignorância. Não há um lugar para isto no Evangelho de Jesus Cristo”.
(Teachings of Spencer W. Kimball, p.237)
De novo em 1972:
“A intolerância por membros da Igreja é desprezível. Um problema em especial existe com respeito aos negros porque eles não podem hoje [1972] receber o sacerdócio. Alguns membros da Igreja justificariam suas próprias discriminações não-cristãs contra os negros devido à regra a respeito do sacerdócio, mas enquanto esta restrição fora imposta pelo Senhor, não cabe a nós adicionar qualquer fardo sobre os ombros de nossos irmãos negros. Aqueles que receberam Cristo pela fé através de um batismo autorizado são herdeiros do reino celestial junto com todos os homens de outras raças. E aqueles que permanecerem fiéis até o fim podem esperar que Deus possa finalmente lhes garantir todas a bênçãos que merecem por sua retidão. Tais questões estão nas mãos do Senhor. Cabe a nós estender nosso amor a todos.”
(De um discurso em 1972 reimpresso em The Teachings of Spencer W. Kimball, Deseret Book, 1982.)

O Quórum dos Doze Apóstolos emitiu esta declaração em 1986:
“Nós repudiamos os esforços em negar a qualquer pessoa os seus direitos e dignidades inalienáveis baseados na abominável e trágica teoria da superioridade de uma raça sobre outra”. (LDS Global Media Guide)

Élder John K. Carmack (Membro do Primeiro Quórum dos Setenta) escreveu em 1993:
“Nós não acreditamos que qualquer nação, raça ou cultura seja de uma prole inferior ou menor aos olhos de Deus. Aqueles que acreditam em tais doutrinas não possuem autoridade do Senhor nem de seus servos autorizados.”
(Tolerance, p.3)

Élder Alexander Morrison (Membro do Primeiro Quórum dos Setenta) disse em 1993:
“Não há lugar para racismo na Igreja. Nós o abominamos”
(Salt Lake Tribune, June 6, 1998)

Geralmente estas declarações não aparecem em nenhum panfleto antimórmon...

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