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27 de setembro de 2010

Bíblia Sagrada

Algumas pessoas não sabem quão profunda é a influência da Bíblia na fé dos Santos dos Últimos Dias e em nosso modo de vida. Por exemplo, nós Santos acreditamos na divindade de Cristo, no milagre de Sua graça tal como ensinado pelo Apóstolo Paulo (ver Efésios 2:8-10; 2Néfi 25:23), cremos na necessidade de obras como ensinado por Tiago (ver Tiago 2:19-20; Alma 9:28), na grandesa do amor como testemunhado por João (ver1 João 3:1-2; Moroni 7:45-48), na ressurreição dos mortos através do Senhor Jesus Cristo (ver 1 Coríntios 15; Helamã 14:15-18) , e muitas outras doutrinas que são ensinadas na Bíblia.
Grande parte da Regras de Fé foi baseado nas palavras do apóstolo Paulo e outros textos do Novo Testamento. Várias revelações recebidas pelo profeta Joseph Smith foram ditadas pelo seu desejo de compreender o significado de passagens na Bíblia.
Por exemplo: depois de ler João 5:29, Joseph Smith perguntou ao Senhor com relação à Sua referência à “ressurreição dos injustos” e em resposta Joseph recebeu a resplandecente revelação dos três graus de glória no mundo vindouro (ver D&C 76).


A organização de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias segue o modelo encontrado no Novo Testamento, isto é: a Igreja é dirigida por “Apóstolos e profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina”. (Efésios 2:20), uma presidência de três (tal como Pedro, Tiago e João formavam a presidência na ocasião em que Cristo os chamaram), e quóruns dos setentas para levarem o Evangelho ao mundo (veja Lucas 10:1). A Igreja também tem outros ofícios tais como Elderes, Bispos, Mestres, Diáconos, Evangelistas, e assim por diante. (ver Efésios 4:11; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 5:17; Tito 1:7).

Muitas das ordenanças de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias são encontradas na Bíblia. Nós praticamos as ordenanças do Novo Testamento, batismo por imersão na água (ver João 3:23; D&C 20:73-74), a imposição de mãos para conferir o dom do Espírito Santo (ver Atos 8:14-17; Moroni 2), o sacramento da Ceia do Senhor (ver1 Coríntios 11:23-25; D&C 20:75-79), e a imposição de mãos para concessão do Sacerdócio (ver 1Timótio 4:14; Moroni 3), tal como claramente mencionada mas largamente incompreendida ordenança do batismo a favor das pessoas que morreram (ver1 Coríntios 15:29; D&C 127:28).

Além disso, nós Santos dos Últimos Dias pagamos o dízimo (ver Malaquias 3:8; Mateus 2323; D&C 119), chamamos os élderes para ungir com óleo os doentes em nome do Senhor (ver Tiago 5:14; D&C 42:43-51), e jejuamos e oramos frequentemente (ver Mateus 6:17-18; Alma 6:6). Até mesmo o casamento plural (D&C 132) e o uso comum da propriedade na lei de consagração, que foi praticada por certo período da história mórmon como instruído por Deus (ver D&C 42: 51; 83; 104), encontram paralelos óbvios na Bíblia (ver Gênesis 16:1-3; Deuteronômio 21:15; e Atos 2:44). Em diversas maneiras tais como essas, nós Santos demonstramos nossa crença na Bíblia, não somente por palavras e pensamentos, mas também por obra e ação.

Cremos em Deus, o Pai Eterno, e em seu Filho Jesus Cristo, e no Espírito Santo (ver Regras de Fé, 1:1). Juntamo-nos a Paulo e confessamos a Deus: “Dando graças ao Pai que nos fêz idôneos para participar da herança dos santos na luz; o qual nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o reino do seu amor; em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;”. (Colossenses 1:12-14).

Todos nós, santos louvamos a Deus: “Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem; o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos”. (1 Timóteo 2:3-6). Saudamos a todo o mundo, na esperança de que “a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, em comunhão com o Espírito Santo”, esteja com todos (2 Coríntios 13:14). Tal confissão da Bíblia é inteiramente abraçada por todos nós, santos dos últimos dias.

8 de setembro de 2010

Princípios de Organização

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem, ao longo das décadas, tornado-se uma organização ampla e pronta a atender aos propósitos do Plano de Salvação do Pai Celestial e aos anseios dos filhos do Pai Celestial, que o buscam, em cada época. A estrutura organizacional da Igreja é ajustada, de tempos em tempos, para proporcionar aos seus membros, que estes possam adequar-se aos ensinamentos de Jesus Cristo, realizar as ordenanças necessárias à salvação e exaltação e conduzir-se retamente “perseverando até o fim”.


Seis princípios básicos podem ser inferidos a partir das revelações que moldaram a organização histórica e contemporânea da Igreja
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 O primeiro é o princípio orientador das funções da Igreja no contexto do plano eterno de Deus.
Os Santos dos Últimos Dias acreditam que a obra e a glória de Deus é “levar a efeito a imortalidade e a vida eterna” da humanidade (Moisés 1:39). A Igreja tem o objetivo de proporcionar os meios espirituais e físicos para que este propósito seja alcançado de forma plena. Assim, a missão da Igreja pode ser descrita como de tripla ação:
1 – Proclamar o evangelho de Jesus Cristo a toda nação, tribo, língua e povo;
2 – Aperfeiçoar os santos, preparando-os para receber o ordenanças do evangelho e, por instrução e disciplina, ganhar a exaltação;
3 – Redimir os mortos, realizando ordenanças vicárias nos Templos.
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O segundo princípio estabelece o sacerdócio de Deus como autoridade organizadora da Igreja.
A Igreja tem uma rígida hierarquia e a autoridade é exercida através das chaves do sacerdócio, que determinam quem preside a Igreja e quem dirige os seus assuntos em cada nível organizacional. O Presidente da Igreja é a única pessoa na Terra autorizada a exercer todas as chaves do sacerdócio. Porém, ele delega estas chaves a indivíduos quando são chamados e “separados” para posições específicas de liderança do sacerdócio, dando a cada um as chaves necessárias ao exercício da sua responsabiidade. Todos os membros do Quórum dos Doze possuem a totalidade das chaves, não sendo, porém, autorizados a usá-las em sua totalidade. 
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O terceiro é o princípio das presidências e conselhos. 
Presidentes, uma vez que detêm as chaves do sacerdócio e têm direito aos poderes da presidência, possuem a autoridade da tomada de decisão final para suas mordomias. No entanto, todos os presidentes são instruídos a se reunir em presidências e conselhos para conhecer os vários pontos de vista e buscar a decisão unânime do conselho. O mesmo padrão é observado nas presidências das organizações auxiliares, embora as chaves do sacerdócio não estejam envolvidas.
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O quarto é a lei do comum acordo. 
Os líderes da Igreja são selecionados por meio de revelação por aqueles que têm autoridade. Antes que os novos líderes possam servir, eles devem receber um voto de apoio formal dos membros a quem vai servir ou sobre quem irá presidir. Quando os membros da Igreja votam em apoio aos líderes, eles se comprometem a apoiar estes líderes no cumprimento das suas várias mordomias. O voto de apoio não se constitui em uma eleição.

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O quinto é o princípio da gestão ordenada.
A organização da Igreja segue as políticas e procedimentos prescritos, os quais são definidos no Manual de Instruções da Igreja e em vários outros manuais e diretrizes de programas específicos. Há um padrão para a realização de ordenações, ordenanças, reuniões, chamados, manutenção de registros e relatórios, controle de finanças, e manutenção da disciplina da Igreja. Esta prática tem evitado que haja diferenciações administrativas na Igreja, tornando a organização intacta mesmo após um vertiginoso crescimento mundial. A igreja é a mesma em qualquer lugar do mudo, sem variações na conduta e procedimentos.

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O sexto princípio é o caráter mutável da organização da Igreja.
A influência dos primeiros cinco princípios organizadores pode ser vista em todos os níveis organizacionais, tanto de ordem eclesiástica como do sistema de apoio administrativo da Igreja. Porém, mesmo com toda a rigidez hierárquica e administrativa, a Igreja tem a necessidade de adequar sua organização às demandas do crescimento internacional que vive. Novas organizações auxiliares e novos níveis de representação geográfica (por exemplo, região e área) foram adicionados desde que as revelações originais foram recebidas. Na realidade, podemos dizer que a organização da Igreja é um produto tanto da constância quanto da mudança.